ALDEIA TÚKUM


ALDEIA TUKÚM



Demos início a primeira parte do trabalho como ouvintes, trazendo um questionário  sobre o consumo da água na comunidade e sua importância para cada um que reside naquele local. Não foi possível obter um diálogo com todos os moradores, mas os que se disponibilizaram e quiseram contribuir, foram bastante receptivos com a equipe designada para realizar a entrevista.
    Trazendo de forma precisa o que ficou constatado com as respostas dos questionários é que ali, naquela comunidade, existem práticas conscientes no consumo da água, mesmo que haja algumas ressalvas, ainda assim, os indígenas sabem se manter com pouca água quando a caixa d’água não fornece ela. No entanto, observamos que, algumas famílias não cuidam da sua própria água, como por exemplo, deixando exposto à céu aberto.
       Todas as questões feitas foram de suma importância para o desenvolvimento do trabalho mas, o questionamento sobre a produção de um núcleo que dialogue acerca de toda importância dos recursos hídricos foi elementar, pois, em sua maioria, mesmo havendo momentos de diálogos entre a comunidade e suas lideranças, concorda que haja essa necessidade, talvez, não tão relevante para o momento que se vive, mas importante como um todo.
  Através das informações coletas, as principais menções foram sobre a comunidade até o ano de 2017 não terem um tanque para o armazenamento da água, utilizando o rio como forma de cessar as necessidades presentes na comunidade. Para os moradores que vivem mais distantes do rio, o maior desafio era a distância para coletar a água. Mas hoje com a conquista da tanque houve uma melhora dentro da comunidade, gerando assim um uso ainda mais consciente e um melhor reaproveitamento da água distribuída.
       O recebimento que houve da comunidade para que pudessem  responder os questionários foram extremamente importante a fim da execução do trabalho, onde a partir das entrevistas ali feitas, pôde se observar uma liderança comunitária muito forte, onde sempre procuram, diante dos desafios propostos, soluções viáveis, tendo sempre rodas de conversas com o intuito de tomar decisões ou melhores propostas para comunidade.
Tive a oportunidade de participar das duas etapas do trabalho, na qual, a primeira foi a coleta de dados sobre a importância e utilização da água na comunidade tukúm, onde pude notar que, de acordo com os diálogos, mesmo com pouca água potável eles traçam estratégias para não ficarem sem água durante os dias em que não se abre a caixa d’água e que, ainda assim, eles não deixam suas tradições e costumes de se utilizar a água do rio para a execução das atividade domésticas e de lazer . A segunda etapa, que teve como proposta uma devolutiva que pudesse contribuir na utilização e reutilização da água dentro da comunidade indígena, foi um momento extremamente construtivo e satisfatório. Era nítido notar o quão importante a água é para os povos indígenas e que, mesmo com todos os avanços tecnológicos e afins, eles têm noção da importância dela em nossas vidas, e toda essa visão que falo é partindo da perspectiva das crianças. Todo o conjunto do trabalho, desde a história, música à criação dos desenhos, tornou a troca mais construtiva entre nós alunos e os curumins.
Partindo dessa experiência maravilhosa, noto que ainda teremos mais trocas dentro da comunidade tukúm, na qual, o próprio cacique sugeriu um possível seminário com a temática socioambiental, dentro da aldeia com a presença de outras comunidades Tupinambá.


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